ÁREA RESTRITA

abril, 2020

Mensagem de Páscoa do Coordenador Mundial – Antonio Boccia

Categoria: Sociedade | 08.abril.2020 | sem comentários

Mensagem de Páscoa Coordenador Mundial Antonio Boccia

Discurso Conclusivo do Reitor-Mor ao CG28

Categoria: Religião | 07.abril.2020 | sem comentários

Alguns desafios que o Reitor-Mor Padre Ángel descreve no seu discurso de conclusão do CG28: Crescer na Identidade Carismática, Retornar a Dom Bosco, Boa Formação Salesiana, Verdadeiro Coração Salesiano, Generosidade no interior da Congregação e ainda a Família Salesiana, com a realidade da missão compartilhada com os Leigos…

Discurso Reitor-Mor ao CG28

Mensagem de Páscoa de Don Giuseppe Casti – Delegado Mundial SDB

Categoria: Religião | 05.abril.2020 | sem comentários

Mensagem Delegado Mundial Don Giuseppe

Nota de falecimento – Padre Roberto Carlos Vieira Nunes

Categoria: Sociedade | 04.abril.2020 | sem comentários

Sacerdote e Salesiano Cooperador, natural da Paróquia de Luis Gomes – Diocese de Mossoró e ex-aluno do Colégio Diocesano, atualmente atuava em Recife – PE.

Reflexão do Conselheiro Interamerica Francisco M. Bucciaga

Categoria: Sociedade | 04.abril.2020 | sem comentários

Reflexão Conselheiro Interamerica

1 de abril de 1934- Canonização de Dom Bosco

Categoria: Religião | 02.abril.2020 | sem comentários

Em 1° de abril de 1934 o Papa Pio XI proclamou santo o sacerdote turinês João Bosco (1815-1888). Nesta data celebrava-se a Solenidade da Páscoa e Encerramento do Jubileu extraordinário da Redenção.
O processo de beatificação e canonização de São João Bosco teve início em Turim, no dia 4 de junho de 1890 e durou 34 anos, passando pelo processo ordinário, conduzido pelo bispo local; processo apostólico romano e a comprovação de quatro milagres prescritos (dois para a beatificação e dois para a canonização).
Durante o processo romano (1907-1927) surgiram objeções à beatificação de Dom Bosco. As acusações se referiam à chamada “astúcia” dele para o sucesso pessoal e ganho econômico. Acusaram-no ainda de não mostrar-se transparência ao garantir esmolas e heranças e de desobediência quase sistemática ao Arcebispo de Turim, Dom Gastáldi.
Tais acusações foram comprovadamente infundadas no decorrer do processo. No encerramento do processo romano, em 8 de fevereiro de 1927, o Papa Pio XI declara: “O venerável Dom Bosco pertence à magnífica categoria de homens escolhidos em toda a humanidade, a esses colossos de grandeza benéfica; e a sua figura facilmente se recompõe se à análise minuciosa, rigorosa, das suas virtudes, qual se fez nas precedentes discussões, longas e reiteradas, suceder a síntese que, reunindo as esparsas linhas, a restitui admirável e grande: uma figura magnífica, que a imensa e insondável humildade, não conseguia esconder”.
Dom Bosco foi beatificado no dia 2 de junho de 1929 e, na homilia de 1° de abril de 1934, foi declarado como o “apóstolo da juventude, inteiramente dedicado à glória de Deus e à salvação das almas”, que se distinguiu pela audácia dos conceitos e a modernidade dos meios, em ordem à educação completa da pessoa humana: educação que – segundo o pensamento de Pio XI, não se devia limitar apenas a avigorar o corpo, mas devia mirar a todo o seu ser, a promover a formação nas ciências, sem entretanto descurar nunca as verdades divinas e sobrenaturais.
Dito em outras palavras, a canonização de Dom Bosco relembra aos educadores de hoje a legitimidade perene do Sistema Preventivo, fundado na razão, na religião e na bondade (`amorevolezza`), e objetivando a construção do honesto cidadão e do bom cristão: um sistema educativo comprovado, em pouco mais de um século, por uma falange de modelos da santidade juvenil como Domingos Sávio, Laura Vicuña, os Cinco Jovens Mártires de Poznań, Alberto Marvelli, os Jovens Mártires espanhóis, o índio Zeferino Namuncurá…
Por este motivo o sacerdote turinês João Bosco entregou a sua vida, desafiando os “bempensantes” de todos os tempos. Por isso ele praticou heroicamente as virtudes. É por isso que ele é santo, e permanece para sempre na glória de Deus.

Fonte: Pe Enrico Dal Covolo – Postulador Geral salesiano para as Causas dos Santos

Papa Francisco concede a bênção Urbi et Orbi, normalmente reservada para o Natal e a Páscoa

Categoria: Religião | 02.abril.2020 | sem comentários

O Papa Francisco convocou os cristãos para mais um momento especial de oração durante a pandemia do coronavírus.
Foi nesta sexta-feira, 27 de março, às 18h de Roma (14h Brasília, 17h Portugal), que o Santo Padre presidiu uma oração no átrio da Basílica de São Pedro, com a praça vazia, para clamar ao Céu misericórdia nestes tempos difíceis de pandemia…

HOMILIA DO SANTO PADRE
Adoração do Santíssimo e Bêncão Urbi et Orbi

(«Sagrado» da Basílica de S. Pedro, 27 de março de 2020)

«Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos.

Rever-nos nesta narrativa, é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro… E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).

Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.

A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.

Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas. É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores, das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida. Confiemos-Lhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais.

O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar. O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor. No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.

Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir-nos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Ped 5, 7).

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-03/papa-francisco-homilia-oracao-bencao-urbe-et-orbi-27-marco.html